Triste
de quem vive em casa,
Contente
com o seu lar,
Sem
que um sonho, no erguer de asa,
Faça
até mais rubra a brasa
Da lareira
a abandonar!
Triste
de quem é feliz!
Vive
porque a vida dura.
Nada
na alma lhe diz
Mais
que a lição da raiz-
Ter
por vida a sepultura.
Eras
sobre eras se somem
No tempo
que em eras vem.
Ser
descontente é ser homem.
Que
as forças cegas se domem
Pela
visão que a alma tem!
E assim,
passados os quatro
Tempos
do ser que sonhou,
A terra
será theatro
Do dia
claro, que no atro
Da erma
noite começou.
Grecia,
Roma, Cristandade,
Europa-
os quatro se
vão
Para
onde vae toda edade.
Quem
vem viver a verdade
Que
morreu Dom Sebastião?